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Cuidado para não se perder

"Ardendo de curiosidade, ela correu pelo campo atrás dele, a tempo de vê-lo saltar para dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca. No mesmo instante, Alice entrou atrás dele, sem pensar como faria para sair dali"



Assim falou Alice

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Divagações sobre o amor e alguma boberinhas mais...

Não sei o que acontece quando a gente ama.
Parece que há algo que grita o tempo inteiro.
Algo que quer sair, se expandir.
Como se fosse uma alegria misturada com uma dor.
Sentimos euforia e medo.
Euforia porque é tudo tão mágico e novo.
Medo porque não sabemos muito bem para onde estamos indo.
Não sabemos para quais caminhos o amor nos levará.
Não sabemos se aquela pessoa é “a pessoa”.
E não sabemos também muito bem o que estamos sentindo.
A grande questão é que já não pensamos mais como pensávamos antes.
Queremos o mundo do outro e ser o mundo do outro também.
Invadimos a vida de quem amamos e deixamos que este nos invada.
Ficamos completamente anestesiados para todas as outras coisas da vida.
Talvez porque tenham nos ensinado desastradamente que amor é encaixe, é união, é busca de metade.
Mas sabemos muito bem - depois de passada a paixão - que nossa cara-metade foi construída pela nossa própria imaginação. Esta pessoa nunca foi perfeita, porque não existe ninguém neste mundo que o seja.
A grande sacada, talvez, seria aceitar esta imperfeição desde o início e construir juntos formas de viver diferentes das que nos ensinaram as novelas, nossos pais, os mitos, as lendas e os romances – inclusive a astrologia que tenta nos ditar qual o signo ideal para o nosso.
Talvez, o melhor mesmo seja não saber o que acontece quando a gente ama e seguir vivendo esse sentimento, mas com consciência de que tudo na vida é finito. Quem sabe essa consciência possibilite que a gente saiba viver os bons momentos e também saiba o que fazer diante do caos. Decidir se enfrentamos e tentamos dar um novo significado a essa relação ou se nos afastamos dela para que nosso coração possa se abrir para uma nova paixão ou novo amor.