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Cuidado para não se perder

"Ardendo de curiosidade, ela correu pelo campo atrás dele, a tempo de vê-lo saltar para dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca. No mesmo instante, Alice entrou atrás dele, sem pensar como faria para sair dali"



Assim falou Alice

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

O que a distância não destrói ( para meus zói azedo...)

Passei essas últimas semanas pensando muito em você. Recordando um pouco, é verdade. Pensando em minhas paixões...

Você sabe que respiro as paixões como se fossem oxigênio, necessário ao próximo passo. Sabe também que sou assim com tudo na vida, as paixões me movem, me fazem trabalhar, sair, estudar, ler, escrever, existir...

Hoje queria falar da minha paixão por você.

Queria falar dessa personalidade forte que me habitou por todo esse tempo que nos conhecemos... queria falar de como é frágil, apesar de aparentar ser forte. Queria falar de como fala muito sem dizer nada. E como tanto me disse em seus silêncios e olhares para o vazio...

Como foi sábia e burra. Como se jogou contra moinhos de vento, brigando com o nada para se tornar guerreira. E sobre como reestabeleceu a minha paz, numa simples palavra, num gesto.

Como percebia todas as minhas nóias, minhas armadilhas, meus pudores, meus amores. Como me avisou, como me cuidou. E como eu tentava devolver esse carinho, meio sem jeito pra coisa... será que você sentia?

Queria falar de nossas dúvidas. Do que fazer, pra onde seguir, por qual caminho... nem sempre respondidas, mas sempre conversadas, negociadas, sonhadas em conjunto.

Da companhia - companheirismo mesmo. Do abraço, do colo. Dos passeios, das baladas, dos bares, das decepções com aquelas pessoas que mais nos dedicamos...

Queria falar que, eu e você temos nossos amores: presentes, ausentes, vividos, doloridos, felizes. E que nossa busca nunca foi desnecessária – ainda perceberemos que o amor que buscamos está, em grande parte, em nós mesmas. E é tanto amor, que desejamos lançá-lo para o mundo, como setas envenenadas...

Queria falar das nossas diferenças: da amiga mais racional (você!) à mais emotiva (eu!); da mais decidida (eu), à mais confusa (você); da mais feliz (eu e você), à mais deprimida (você e eu), porque as diferenças se desfazem quando estamos juntas.

Queria falar dos nossos tempos. Desses descompassos que a carteira de identidade nos impõe: os anos vividos. Até agora, não descobri o que, realmente, eles representam... sou criança quando acordo de noite assustada. Sou velha quando dou meu ombro pra você chorar. Sou adolescente quando amo. E adulta quando trabalho. E estou fora do tempo quando escrevo, agora pra você...

Queria, enfim, falar dessa distância dolorida que o destino nos impôs, e na falta que você faz na minha vida

Queria dizer que essa distância não existe. Porque carrego você aqui no meu peito. E eu sei que moro em você. Moramos uma na outra, naquele minuto de cumplicidade que só as amigas podem entender...

Te amo...você faz muita falta...