Amores verdadeiros são aqueles que sobrevivem ao fogo da distância, ao poder do abstrato.
Amores que se resumem, simplesmente, no ato de amar.
Amar, nem que seja a mais simples das lembranças, memórias que permaneceram e não se deixaram apagar.
Amar pelo beijo dado e pelo não dado. Pelo corpo distante que permanece perto, aquecido por admoestações de um dia.
Amar as carícias travadas em guerras de querer, as mãos que afagaram e marcaram; que como poder divino, desbastaram ressaltos de um coração, já por muitos, machucado.
Amar as palavras ditas e repetidas em momentos inoportunos, até mesmo as que não fizeram sentido. Pelo SIM dito reiteradas vezes.
Amantes pela dor da partida, pela ferida aberta e sentida no dia do Adeus.
Pela saudade insistente, compadecida e amada; aquentada pelo desejo, pelo anseio de apetecer um instante apenas.
Amantes pelas trocas de olhares, por pensamentos proibidos, pelos calafrios despropositados.
Amantes pelos encontros em sonhos inopinados; pelas viagens longínquas antes de dormir.
Amantes pelo sentir de algo que não ocorreu. Pela recordação do que não foi vivido.
Amantes pela confiança depositada em algo não visível. Pela coragem de apostar no amanhã, de ter certeza que um dia valerá a pena. Que os dias distantes, enfim, serão próximos. Pela idealização diária do reencontro.
Se amar, realmente, vale a pena, esse é o valer. É o querer sem motivos. É o amor sem porquês.
Se tem algo que ainda, aqui, sobrevive, é o lembrar do outro que por si só consola.
Se aos poetas amar é ter perto, aos simples mortais, que amam e não apenas idealizam, amar é querer estar perto e nem sempre conseguir.
É estar separado por pontes ou por incomensuráveis águas de um Oceano e sentir o amor arder no peito, como se perto estivesse.
Amar pela ausência, pela falta cravada em si.
Amemos, o ser próximo, o ser distante; amemos pelo simples gesto de amar.
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Cuidado para não se perder
"Ardendo de curiosidade, ela correu pelo campo atrás dele, a tempo de vê-lo saltar para dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca. No mesmo instante, Alice entrou atrás dele, sem pensar como faria para sair dali"
Que assim seja Alice, queria ter lhe dito isso anteriormente mas acredito que seja esse sim o momento mais adequado. Veja só NADA COMO O TEMPO
ResponderExcluir"Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele alguém que você ama( ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente , a gostar de quem também gosta de você. O segredo não é correr atrás das borboletas.... E sim cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você." Vc é sem explicação.